Como a Economia dos Estados Unidos sob Trump pode impactar o Brasil

ECONOMIA

1/19/20253 min ler

A política econômica dos Estados Unidos tem influência global e, para o Brasil, o impacto de uma administração Trump pode ser significativo em diversas áreas, especialmente considerando as políticas protecionistas e as estratégias de incentivo à produção interna que marcaram sua gestão anterior. Agora, com Donald Trump assumindo novamente a Casa Branca, é importante avaliar os possíveis efeitos dessas mudanças econômicas no Brasil.

Historicamente, Trump adota uma postura protecionista, priorizando a produção e o consumo interno. Se essas políticas forem intensificadas, países exportadores, como o Brasil, podem enfrentar dificuldades no acesso ao mercado americano. Os setores agrícolas e siderúrgicos brasileiros, que dependem das exportações para os EUA, podem ser diretamente impactados por tarifas adicionais ou pela diminuição de importações americanas.

Além disso, a política de renegociação de acordos comerciais dos EUA pode afetar blocos econômicos como o Mercosul, colocando em risco as condições de exportação vantajosas.

Uma política econômica mais agressiva de estímulo ao crescimento interno nos EUA pode levar o Federal Reserve (Fed) a aumentar as taxas de juros para conter a inflação. Taxas mais altas nos EUA atraem investidores globais, reduzindo o fluxo de capital para economias emergentes como o Brasil. Isso pode desvalorizar o real e encarecer importações, gerando pressão inflacionária interna.

Trump é conhecido por sua oposição a políticas climáticas mais rígidas e por incentivar a exploração de combustíveis fósseis. Se os Estados Unidos ampliarem a produção de petróleo, o preço global do barril pode cair, impactando diretamente as receitas brasileiras provenientes da Petrobras e da exploração do pré-sal.

Trump já demonstrou um interesse moderado em fortalecer relações com o Brasil, especialmente durante governos alinhados ideologicamente. Essa proximidade pode abrir portas para novos acordos bilaterais em áreas como defesa e tecnologia, mas também aumenta a possibilidade de pressões sobre questões ambientais, como a Amazônia, em troca de vantagens comerciais.

A retomada de políticas polarizadoras e tensões comerciais, especialmente com a China, podem gerar instabilidade nos mercados financeiros globais. Como o Brasil tem a China como principal parceiro comercial, as disputas entre Washington e Pequim podem impactar negativamente a economia brasileira.

A retomada de Trump ao poder nos Estados Unidos traz desafios e oportunidades para o Brasil. O impacto dependerá, em grande parte, de como o Brasil ajustará sua política externa e econômica para se adaptar a um cenário de possíveis protecionismos, fluxos de capital mais voláteis e oscilações no mercado global.

Cabe ao Brasil se preparar para diversificar mercados, reforçar alianças estratégicas e buscar estabilidade econômica para minimizar os efeitos das possíveis turbulências que podem surgir com essa nova fase da economia americana.

Fabrício Ribeiro, PhD h.c em Empreendedorismo pelo International Institute of Business Management & Research Technology, Doutor h.c em Administração de Empresas pela Logos University International, Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Goiás, com MBA em Gestão de Projetos pela USP (em andamento), MBA em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade e Processos. Bacharel em Ciências Econômicas pela UniCV (andamento). CEO da Ribeiro Corporation, Fundador da Revista do Administrador, Conselheiro do CRA-GO e Diretor da ACIEG Jovem. Membro Associado da Harvard Alumni Entrepreneurs, Autor dos Livros: Seja o Administrador da sua História e Felicidade no Trabalho. Recebeu em 2024 uma Citation em Administração pela The Commonwealth of Massacusetts, Boston – USA. Foi também, Pesquisador Científico pela PUC GOIÁS e é Especialista em Felicidade Corporativa.

Contato: fabricio.ribeiro@crago.adm.br

CRA-GO: 18340.

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